Em microeletrônica o alto grau de abstração existente em circuitos lógicos possibilitou o desenvolvimento de ferramentas de projeto que são capazes de sintetizar circuitos digitais a partir de linguagens de descrição de circuitos como VHDL e Verilog.
Do lado analógico o grau de abstração possível é muito menor, e apesar das ferramentas de “electronic design automation” serem de enorme ajuda, ainda não existe nada similar a um sintetizador de circuitos analógico capaz de substituir o trabalho artesanal artístico-cientifico do projetista analógico que executa esta tarefa a nível de transistores.
Em projeto de circuitos integrados é natural que enquanto o projeto da porção digital com milhões de transistores dure em torno de 6 meses, o projeto da porção analógica com algumas dezenas de transistores leve o mesmo período de tempo.
O projetista digital está geralmente preocupado com a funcionalidade do circuito. Já o projetista analógico, além da funcionalidade, deve geralmente otimizar ao máximo o circuito para que este realize uma função especifica.
Algumas (raras) FPGAs incorporam componentes analógicos, permitindo a configuração (e construção) de circuitos analógicos. Outras FPGAs estão preparadas para ler sinais analógicos e convertê-los para sinais digitais (como a Artix-7 da Xilinx, por exemplo).
ResponderExcluirIsso mesmo Antônio, muito boa a observação. Eu já tinha ouvido falar destas FPGAs, não tenho nem ideia de como funciona o processo de configuração. Sei por exemplo que as células básicas das FPGAs digitais são portas lógicas. Mas o que seria a célula básica de uma FPGA analogia? Seria um AOP ou ainda transistores NMOS e PMOS individuais com W/L específicos? Você sabe o que são?
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